Acompanhar a realidade
4 de Julho de 2020Entre a paciência e a rebeldia
7 de Julho de 2020LITURGIA FAMILIAR
Jesus Cristo não dá uma definição de oração. Este Mestre recorre poucas vezes à teoria. Prefere a prática, quer porque convida a fazer, quer porque, ainda melhor, mostra como se faz, dá o exemplo. É o caso do evangelho proposto para o Décimo Quarto Domingo (Ano A).
[proposta elaborada a partir da ferramenta ‘Ter uma só mensagem’ e dos subsídios publicados pelo padre Amaro Gonçalo Lopes]
SAUDAÇÃO
GUIA: «Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos e Eu vos aliviarei». Neste primeiro domingo de julho, quem poderá sentir-se excluído deste convite? O Senhor sabe quanto cansaço pesa sobre nós, no final de um ano letivo, pastoral e laboral, tão surpreendente e tão exigente. E pesam ainda mais as incertezas e as preocupações quanto ao futuro, a breve, a médio e a longo prazo. Jesus Cristo espera por nós, espera-nos sempre, não para resolver magicamente os nossos problemas, mas para nos tornar mais fortes em relação a eles. Não nos tira os pesos da vida, mas liberta-nos da angústia do coração. Com Jesus Cristo, todo o peso se torna leve. Vivamos com alegria e em paz este encontro: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amen.
PEDIMOS PERDÃO
Confiemo-nos à misericórdia divina, para encontrarmos a mansidão do coração, o refúgio sereno, o descanso oportuno e a paz verdadeira.
> Rei humilde, vens ao nosso encontro trazendo a paz, sem vencedores e sem vencidos: Senhor, misericórdia. [TODOS:] Senhor, misericórdia.
> Manso e humilde de coração, que nos acolhes e amparas na nossa fragilidade: Cristo, misericórdia. [TODOS:] Cristo, misericórdia.
> Filho de Deus, por quem o Pai nos dá a conhecer o seu amor: Senhor, misericórdia. [TODOS:] Senhor, misericórdia.
ACOLHEMOS A PALAVRA
[Ver/ouvir a primeira parte do vídeo/audio]Leitura do Santo Evangelho segundo São Mateus [capítulo 11, versículos 25 a 30]
Naquele tempo, Jesus exclamou: «Eu Te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas verdades aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Tudo Me foi dado por meu Pai. Ninguém conhece o Filho senão o Pai e ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a Mim, todos os que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve».
[Ver/ouvir a segunda parte do vídeo/audio]
PARTILHAMOS A PALAVRA
Na nossa relação de amizade com Deus, a primeira coisa que somos impelidos a fazer é pedir ajuda, uma intervenção nesta ou naquela situação, para nós ou para uma pessoa que nos é querida. Temos de aprender a incorporar, com mais frequência, outras dimensões da oração, como a ação de graças e o louvor. É o que Jesus Cristo nos mostra, hoje, ao começar por bendizer a presença e a ação do Pai: «Eu te bendigo, ó Pai, Senhor do céu e da terra».
Pensa nas vezes em que costumas rezar. Fazes o ‘Sinal da Cruz’, e depois o que é que fazes ou dizes a Deus? Este tempo novo pode ser uma bela ocasião para experimentar outros modos de oração.
A primeira atitude consiste em acolher a presença, sentir-se habitado pelo Espírito Santo. Há quem, por exemplo, use a respiração para tomar consciência desta presença espiritual. Deixa que o Espírito de Deus te conduza a uma quietude interior que te faça sentir amado, que te permita acolher Deus, com alegria.
Há momentos em que tens pressa em dizer a Deus o que precisa de ser feito para recolocar em ordem a vida e o mundo. Não cedas à tentação! Lembra-te do evangelho: quando andas cansado e oprimido, entrega-te ao coração de Jesus Cristo, deixa-te inundar pela certeza de estares habitado pelo Espírito de Deus que te oferece o descanso e a mansidão.
APRESENTAMOS AS NOSSAS PRECES
Ao nosso Deus e nosso Rei, confiamos as preces do seu povo, por intercessão de seu Filho, dizendo: Acolhe a nossa oração!
> Pela Santa Igreja: para que se torne um abrigo seguro para todos os cansados e oprimidos da vida, nós te pedimos: [TODOS:] Acolhe a nossa oração!
> Pelos que governam: para que se tornem construtores humildes da paz entre as nações e assim a justiça chegue até aos confins da terra, nós te pedimos: [TODOS:] Acolhe a nossa oração!
> Pelos que andam cansados e abatidos, nesta luta contra a pandemia: para que não lhes falte nunca a sabedoria do coração, a consolação do Senhor e a hospitalidade dos amigos, nós te pedimos: [TODOS:] Acolhe a nossa oração!
> Pela nossa família: para que saibamos responder ao mal com o bem e à violência com a mansidão do coração, nós te pedimos: [TODOS:] Acolhe a nossa oração!
> [acrescenta a tua intenção], nós te pedimos: [TODOS:] Acolhe a nossa oração!
«Eu te bendigo, ó Pai», exclamou Jesus Cristo! E nós podemos dizer com a mesma confiança, rezando como nos ensinou: [TODOS:] Pai nosso...
ASSUMIMOS UM COMPROMISSO
Esta semana vamos valorizar o louvor e a ação de graças: na oração pessoal, posso, por exemplo, ao acordar ou ao deitar, rezar: Eu te bendigo, ó Pai... [acrescenta cada dia um motivo diferente]; em família, podemos escutar juntos uma música de louvor [sugestão: youtu.be/sQAxMA0Lqhs]
Bendigamos o Senhor! TODOS: Graças a Deus!
BÊNÇÃO DA FAMÍLIA E DA MESA
[PARA REZAR ANTES DA REFEIÇÃO EM FAMÍLIA]
Nós te bendizemos, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque, através do teu Filho, Jesus Cristo, entras na intimidade da nossa casa e sentas-te connosco para nos servires à nossa mesa, e saborearmos juntos os dons da Criação. Abençoa, Pai providente, esta refeição em família, para que encontremos no coração do teu Filho o alento e o alimento, o repouso e a paz. Ámen.