Férias, para ser feliz?
1 de Agosto de 2020A mesa e a missa
4 de Agosto de 2020LITURGIA FAMILIAR
A boa notícia deste Décimo Oitavo Domingo é a confirmação do amor divino que, desde sempre, alimenta o seu povo: «Abris as vossas mãos e todos saciais generosamente». O amor de Deus é generoso e abundante.
[proposta elaborada a partir da ferramenta ‘Ter uma só mensagem’ e dos subsídios publicados pelo padre Amaro Gonçalo Lopes]
SAUDAÇÃO
GUIA: Um lugar deserto, para rezar. O pão partido e repartido à mesa da abundância. Uma comunidade reunida e saciada, com a palavra e a presença do Senhor. Recordamos os gestos fundamentais de Jesus, que tomou o pão, deu graças, partiu-o e pediu que fosse distribuído pela multidão. Deixemos os ruídos que nos dispersam e procuremos um lugar para Jesus nos falar e sentar-se connosco à mesa. A Palavra de Deus interpela-nos e ensina-nos que nós devemos matar a fome dos outros, mas só Deus nos pode saciar o coração.
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amen.
PEDIMOS PERDÃO
Confiantes na fidelidade de Deus, invoquemos a sua misericórdia.
> Pelas vezes em que a fartura do pão, nos fez esquecer a fome do irmão: Senhor, misericórdia. [TODOS:] Senhor, misericórdia.
> Pelas vezes em que mandamos embora os que precisavam das nossas mãos abertas: [TODOS:] Cristo, misericórdia. > Pelas vezes em que o pão de cada dia nos fez esquecer o Pão da Eucaristia: [TODOS:] Senhor, misericórdia.ACOLHEMOS A PALAVRA
[Ver/ouvir a primeira parte do vídeo/audio]Leitura do Santo Evangelho segundo São Mateus [capítulo 14, versículos 13 a 21]
Naquele tempo, quando Jesus ouviu dizer que João Baptista tinha sido morto, retirou-Se num barco para um local deserto e afastado. Mas logo que as multidões o souberam, deixando as suas cidades, seguiram-n’O por terra. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e, cheio de compaixão, curou os seus doentes. Ao cair da tarde, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Este local é deserto e a hora avançada. Manda embora toda esta gente, para que vá às aldeias comprar alimento». Mas Jesus respondeu-lhes: «Não precisam de se ir embora; dai-lhes vós de comer». Disseram-Lhe eles: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes». Disse Jesus: «Trazei-mos cá». Ordenou então à multidão que se sentasse na relva. Tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao Céu e recitou a bênção. Depois partiu os pães e deu-os aos discípulos e os discípulos deram-nos à multidão. Todos comeram e ficaram saciados. E, dos pedaços que sobraram, encheram doze cestos. Ora, os que comeram eram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.
[Ver/ouvir a segunda parte do vídeo/audio]
PARTILHAMOS A PALAVRA
Jesus Cristo demonstra que o dom é tão generoso e abundante que produz o milagre da partilha e da superabundância. Naquele tempo, não tinham «senão cinco pães e dois peixes». Não te preocupes se tens muito ou pouco, se sabes rezar bem ou mal. Coloca-te nas mãos de Deus. Confia-te ao amor. E verás acontecer o milagre.
O pão tem um significado amplo e profundo. É símbolo do sustento necessário para a nossa sobrevivência. Somos mais do que o pão, mas não podemos dele prescindir para viver. Por outro lado, também expressa o trabalho e o esforço humano, o suor e as lágrimas de uma jornada em busca do melhor que nos pode dar a vida.
Na eucaristia, recebemo-lo como vida divina, sinal do amor, antecipação da promessa de ressuscitados, alimento de fraternidade para as filhas e os filhos de Deus. Conscientes de toda esta amplitude e profundidade, em cada Oração do Senhor, pedimos o «pão nosso de cada dia».
Para o cristão, o «pão nosso de cada dia» é também a palavra de Deus, sobretudo Jesus Cristo, a Palavra (com letra maiúscula).
APRESENTAMOS AS NOSSAS PRECES
Deus, bom para com todos, acolhe as preces daqueles que escutam os seus ensinamentos. Digamos: Deus Pai, ouve as preces do teu povo.
> Pela Igreja de Jesus Cristo: para que distribua com abundância o Pão da Palavra e o Pão da Eucaristia, a quantos procuram saciar a sua fome de Deus, em Cristo, Pão da Vida, nós te pedimos: [TODOS:] Deus Pai, ouve as preces do teu povo.
> Pelos responsáveis no governo dos povos: para que combatam, com determinação, não só o coronavírus, mas também a pandemia da fome, que alastra por toda a parte, nós te pedimos: [TODOS:] Deus Pai, ouve as preces do teu povo.
> Pelos migrantes e turistas, que percorrem, neste mês, longos caminhos, para visitar as suas famílias e descansar um pouco: para que o tempo de férias seja favorável a uma cultura do encontro, da escuta e da partilha fraterna, nós te pedimos: [TODOS:] Deus Pai, ouve as preces do teu povo.
> Pela nossa família: para que vençamos o medo do coronavírus com o contágio do amor, que é transmitido de coração a coração, de mão em mão, de pão em pão, nós te pedimos: [TODOS:] Deus Pai, ouve as preces do teu povo.
> [acrescenta a tua intenção], nós te pedimos: [TODOS:] Deus Pai, ouve as preces do teu povo.
Enquanto todos não puderem dizer «pão nosso» por falta de alimento, rezar ao Pai é comprometer-se na partilha do pão. [TODOS:] Pai nosso...
ASSUMIMOS UM COMPROMISSO
Um gesto simples, que podemos aprender a cultivar é o da oração de bênção da mesa e da família, pelo menos ao domingo (ou outro dia da semana em que estão à mesa todos os membros da família).
Bendigamos o Senhor! TODOS: Graças a Deus!
BÊNÇÃO DA FAMÍLIA E DA MESA
[PARA REZAR ANTES DA REFEIÇÃO EM FAMÍLIA]
Senhor, esperamos que nos dês o pão de cada dia e o Pão da Eucaristia. Abres as tuas mãos generosas para nos saciares na alegria. Abençoa esta refeição, ensina-nos a escuta do coração, faz-nos partilhar com todos este pão, até sermos recebidos à mesa do teu Reino. Ámen.