Batismo de Jesus, Ano B
9 de Janeiro de 2021Que procurais?
14 de Janeiro de 2021Acreditar é «confiar numa presença que está nas profundezas do nosso ser e em todo o universo». Pode ser difícil de compreender, todavia é uma presença «muito real». Deus é «uma presença amável que está sempre connosco». À maneira de Jesus Cristo, podemos fazer dessa amável presença «luz interior, sopro de Deus, inspiração do Espírito Santo...», nas situações concretas da nossa história quotidiana.
ACREDITAR
A «forma nova» como os jovens refletem sobre a fé pode ser proposta em duas questões: «O que significa acreditar? E, se Deus existe, será que atua na história, nas nossas vidas?».
O irmão Alois, num dos cinco tópicos da ‘Carta do ano’ para dois mil e vinte e um, apresenta a fé como entrelaçar a confiança e a presença.
Os cinco pontos, aqui já apresentados, são: Atentos aos sinais de esperança; Viver a fraternidade; Acreditar – confiar numa presença; Discernir um novo horizonte; Modificar o nosso olhar.
A fé, na perspetiva da confiança numa presença é, antes de mais, assumir-se como um entre ‘peregrinos’, de modo que seja possível caminhar juntos, «partilharmos a nossa procura: as nossas questões e também as nossas convicções». É recusar impor a nossa visão ou os nossos conceitos. Deus nunca se reduz ao que dele pensamos ou dizemos, está sempre além, em infinito.
Dizia o anterior prior e fundador da Comunidade de Taizé, o irmão Roger: «A fé é uma confiança muito simples em Deus, um impulso de confiança mil vezes retomado ao longo da nossa vida... mesmo se em nós pode também haver dúvidas».
Antes de ser um impedimento, a dúvida é, porventura, o principal impulso para a procura sedenta de amor e de verdade. Somos ‘buscadores’ de Deus, qualquer que seja a nossa situação existencial na (re)descoberta do caminho da fé.
Acreditar é «confiar numa presença que está nas profundezas do nosso ser e em todo o universo». Pode ser difícil de compreender, todavia é uma presença «muito real». Deus é «uma presença amável que está sempre connosco».
À maneira de Jesus Cristo, podemos fazer dessa amável presença «luz interior, sopro de Deus, inspiração do Espírito Santo...», nas situações concretas da nossa história quotidiana.
Deixemos que Jesus Cristo renove o nosso olhar: Jesus Cristo, nós te louvamos pela tua bondade e pela tua simplicidade. Foi através da tua humildade que a luz de Deus brilhou durante toda a tua vida. Esta luz está hoje a brilhar nos nossos corações. Ela pode curar as nossas feridas e até transformar as nossas fraquezas e incertezas em fontes de vida, em energia criativa, num dom de confiança. Iluminando-nos com esta luz de Deus, tu concedes-nos a esperança em tempo propício e fora dele. Ámen.