Encontro dominical
14 de Novembro de 2020Vinde, benditos de meu Pai
19 de Novembro de 2020O amor fraterno começa com aqueles que estão sempre ao nosso lado, em casa, na rua, no trabalho, na escola, no quotidiano. O mesmo se passa nas comunidades paroquiais. Comecemos pelos que estão connosco, pelos vizinhos, pelos membros do grupo, também os que são diferentes de nós. A diferença acolhida com amor fraterno deixa de ser um distanciamento para ser mútuo enriquecimento.
CARIDADE
A plenitude do amor está na prática efetiva da fraternidade, o esforço quotidiano por amar os irmãos e irmãs (na família, na comunidade). Assim se alcança a perfeita caridade.
O amor fraterno é um sinal de credibilidade da fé cristã, edifica a presença eclesial no mundo: «Nisto saberão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns pelos outros» (João 13, 35).
O poder impactante do amor fraterno vem do próprio Deus, pois a fraternidade humana é reflexo da plena comunhão trinitária.
A perfeição da caridade não consiste no amor aos inimigos. Este é apenas um exemplo extremo do mandamento novo do amor, na sua universalidade, sem exceções: «Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem» (Mateus 5, 44).
A caridade perfeita realiza-se no amor fraterno, no amar a todos, também os inimigos, mas começa nos mais próximos dos próximos. Na verdade, tendemos a esquecer mais depressa o mandamento do amor na relação com os que nos estão mais próximos, a começar pelos que habitam connosco a mesma casa.
Quantas vezes somos sensíveis às necessidades de povos longínquos e não nos preocupamos nem ocupamos com as carências dos vizinhos. À distância, é mais fácil o amor fraterno, os defeitos e os pecados dos outros não são tão claros, ficam ‘encobertos’ pelo afastamento físico. Dito de outro modo: os de longe parecem sempre melhores do que aqueles que convivem connosco.
Os defeitos e os pecados dos irmãos que estão ao nosso lado percebem-se melhor, em determinados momentos até os fazemos maiores do que realmente são. O que nos diferencia do outro, pela proximidade, corre o risco de ser exagerado.
O amor fraterno começa com aqueles que estão sempre ao nosso lado, em casa, na rua, no trabalho, na escola, no quotidiano. «Só cultivando esta forma de nos relacionarmos é que tornaremos possível aquela amizade social que não exclui ninguém e a fraternidade aberta a todos» (FT 94).
O mesmo se passa nas comunidades paroquiais. Comecemos pelos que estão connosco, pelos vizinhos, pelos membros do grupo, também os que são diferentes de nós. A diferença acolhida com amor fraterno deixa de ser um distanciamento para ser mútuo enriquecimento.