Abençoado
31 de Dezembro de 2020Epifania
2 de Janeiro de 2021Sinais de esperança, até de esperança contra toda a esperança, tornaram-se visíveis, em ano marcado pela pandemia do coronavírus, nas múltiplas expressões de solidariedade e de entreajuda, na fraternidade e na partilha, bem como nos progressos pessoais e comunitários no cuidado da Casa Comum. Entretanto, «seremos capazes de questionar as nossas práticas para mudarmos o que pode ser mudado?».
ESPERANÇA
Enraizados em Jesus Cristo, somos inundados pela alegria serena da missão que, longe de ser uma confiança ingénua, faz nascer e renascer em nós a esperança.
A questão sobre o sentido da vida guia o irmão Alois, na ‘Carta do ano’ para dois mil e vinte e um: «Com que propósito vale a pena viver?». Associadas a esta estão a esperança e a confiança: «Que esperança nos guiará, onde nos podemos apoiar com confiança quando tudo é tão instável?».
A busca de respostas, qualquer que seja o ponto de partida ou experiência de caminho, há de passar sempre pela renovação do nosso olhar, à luz do amor e da alegria que brotam do encontro com o Ressuscitado.
O prior da Comunidade de Taizé expressa a resistência ao desencanto em cinco tópicos: Atentos aos sinais de esperança; Viver a fraternidade; Acreditar – confiar numa presença; Discernir um novo horizonte; Modificar o nosso olhar.
A ressurreição de Jesus Cristo, por «atração misteriosa» da qual jorra uma fonte de amor, como aconteceu com os primeiros discípulos, continua até ao fim dos tempos a inundar de luz a fragilidade da nossa condição humana, dissipa o medo e faz brilhar a alegria do louvor.
Sinais de esperança, até de esperança contra toda a esperança, tornaram-se visíveis, em ano marcado pela pandemia do coronavírus, nas múltiplas expressões de solidariedade e de entreajuda, na fraternidade e na partilha, bem como nos progressos pessoais e comunitários no cuidado da Casa Comum. Entretanto, «seremos capazes de questionar as nossas práticas para mudarmos o que pode ser mudado?».
Outros sinais de esperança, que abrem caminho para o futuro, podem emergir em dois mil e vinte e um, se fizermos «tudo o que pudermos para passarmos da competição à cooperação».
A marca deste ano seja a «escuta mútua que vá ao encontro dos antagonismos e nos ensine a caminhar juntos, mesmo com as nossas diferenças».
A escuta também se concretiza na defesa da integridade de todos e no acolhimento de um exilado ou família de refugiados. Esta pode ser uma forma, diz o irmão Alois, de «dar um novo estímulo às nossas paróquias ou comunidades».