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28 de Setembro de 2019Semear esperança
5 de Outubro de 2019Ser ‘cristão com Cristo’ implica um sério e corajoso exame de consciência sobre o que está no centro da vida. Ao fazê-lo, talvez seja o «momento para dizer a Jesus Cristo: ‘Senhor, deixei-me enganar, de mil maneiras fugi do vosso amor, mas aqui estou novamente para renovar a minha aliança convosco. Preciso de Vós. Resgatai-me de novo, Senhor; aceitai-me mais uma vez nos vossos braços redentores’».
CRISTÃO
A centralidade de Jesus Cristo, sendo essencial, nem sempre é clara para alguns dos que se dizem ‘cristãos’. A realidade mostra homens e mulheres esforçados no cumprimento das obrigações religiosas, instalados numa adesão doutrinal, mas sem terem feito a experiência viva do encontro pessoal com Jesus Cristo.
O Papa Francisco (homilia a 7 de setembro de 2013) alertou para o grave perigo de haver «cristãos sem Cristo, sem Jesus». Apresentou exemplos: aqueles que «baseiam a sua fé, a sua religiosidade em muitos mandamentos»; aqueles que «só procuram devoções»; aqueles que «procuram coisas um pouco estranhas, um pouco especiais, que vão atrás das revelações particulares».
Um mandamento só é válido «se vem de Jesus». As devoções servem se «levam a Jesus». Mas «se tu ficas só por aí, há qualquer coisa que não está certo».
Há uma regra e um sinal que permite perceber se uma pessoa é um verdadeiro ‘cristão com Cristo’. A regra é simples: «só é válido aquilo que te leva a Jesus e só é válido aquilo que vem de Jesus. Jesus é o centro, o Senhor como Ele próprio diz».
Quanto ao sinal, temos o exemplo do cego de nascença: prostra-se diante de Jesus Cristo para o adorar. Então, «se tu não consegues adorar Jesus, falta-te qualquer coisa». A oração de adoração ensina a reconhecer Cristo como o Senhor, a colocar Jesus no centro da vida.
Ser ‘cristão com Cristo’ implica um sério e corajoso exame de consciência sobre o que está no centro da vida. Ao fazê-lo, talvez seja o «momento para dizer a Jesus Cristo: ‘Senhor, deixei-me enganar, de mil maneiras fugi do vosso amor, mas aqui estou novamente para renovar a minha aliança convosco. Preciso de Vós. Resgatai-me de novo, Senhor; aceitai-me mais uma vez nos vossos braços redentores’» (A Alegria do Evangelho, [EG] 3).
A entrega confiante à ‘novidade’ de Jesus Cristo permite renovar a nossa vida e a nossa comunidade paroquial, inverter a lógica envelhecida de muitos projetos pastorais. «Jesus Cristo pode romper também os esquemas enfadonhos em que pretendemos aprisioná-l’O, e surpreende-nos com a sua constante criatividade divina» (EG 11).
Colocar Jesus Cristo no centro da nossa vida pessoal e comunitária há de ser um objetivo prioritário da Renovação Inadiável.