Carlo Acutis

Carlo Acutis «soube usar as novas técnicas de comunicação para transmitir o Evangelho, para comunicar valores e beleza», escreveu o Papa Francisco, ao evocar a criatividade no mundo digital. O Laboratório da fé assume-o como patrono das propostas de primeiro anúncio (kerygma) de evangelização através dos meios digitais.

BEATO

A dez de outubro de dois mil e vinte, em Assis, o jovem Carlo Acutis, que morreu vítima de fulminante leucemia aos 15 anos de idade, vai ser declarado beato.

Carlo Acutis nasceu a 3 de maio de 1991, em Londres, cidade onde estavam a trabalhar os seus pais, os italianos Andrea Acutis e Antonia Salzano. Entretanto, a família instalou-se em Milão, onde cresceu até à morte, a 12 de outubro de 2006.

O seu projeto de vida era «estar sempre com Jesus». Num dos três dias que decorreram entre o diagnóstico da doença e a morte, afirmou: «estou contente por morrer, porque vivi a minha vida sem gastar sequer um minuto a fazer alguma coisa que desagradasse a Deus».

Francisco de Assis era o seu santo predileto, a ponto de ter pedido aos pais para ser sepultado naquela cidade italiana, na qual vai também acontecer a celebração oficial da beatificação.

Como muitos dos atuais adolescentes e jovens, gostava de informática e de futebol. E tinha também um amor profundo à eucaristia. Desde a primeira comunhão, aos 7 anos, comprometeu-se a participar na eucaristia (diária), sempre que lhe fosse possível, e a dedicar algum tempo à adoração eucarística.

Mais tarde, pelos 11 anos, aprofundou o seu interesse pelos milagres eucarísticos, depois documentados numa página na internet por ele criada (miracolieucaristici.org), agora também disponível em formato de exposição itinerante.

«O nosso objetivo deve ser o infinito e não o finito», proclamava com entusiasmo, e apresentava a eucaristia, como a melhor «autoestrada» para os céus, «a nossa pátria».

Carlo Acutis «soube usar as novas técnicas de comunicação para transmitir o Evangelho, para comunicar valores e beleza», escreveu o Papa Francisco, na Exortação Apostólica Cristo Vive (CV 105), ao evocar a criatividade no mundo digital.

O Laboratório da fé assume-o como patrono das propostas de primeiro anúncio (kerygma) de evangelização através dos meios digitais.

No texto dirigido em especial aos jovens, o pontífice recomenda-lhes que não se deixem transformar em ‘fotocópias’, expressão cunhada pelo agora beato: «Todos nascem como originais, mas muitos morrem como fotocópias» (CV 106).