Quarto Domingo da Páscoa, Ano A
2 de Maio de 2020Não se perturbe o vosso coração
7 de Maio de 2020A paragem radical em todas as atividades litúrgicas e pastorais, pode ser favorável à tomada de decisões, ainda que seja útil a prudência quanto à forma de as implementar. Bom princípio é ser sistemático, sem ser drástico. Aceitemos nas possibilidades que este tempo pode proporcionar à nossa vida pessoal e à nossa comunidade (paroquial), no presente e também no próximo futuro.
FUTURO
A nível presencial, pelo menos, as coisas não voltarão a ser as mesmas, durante um longo período de tempo. Aceitemos nas possibilidades que este tempo pode proporcionar à nossa vida pessoal e à nossa comunidade (paroquial), no presente e também no próximo futuro.
O professor Fernando Ilharco, em crónica publicada no suplemento 'domingo' (3 de maio de 2020) do Correio da Manhã, alerta para o perigo de passarmos o dia todo a falar da pandemia e do coronavírus. Pode deixar-nos ainda mais desanimados.
A proposta consiste em pensar um pouco, antes de iniciar uma conversa ou enviar uma mensagem. Procurar outros temas: trabalho, novos projetos, novas ideias, novos passatempos, livros, filmes, séries, viagens, rotinas...
Uma boa higiene mental também ajuda a ter mais energia, manter ou aumentar a autoestima, dá-nos ágeis ferramentas para combater a ansiedade e os momentos mais depressivos.
Aquilo em que pensamos e sobre o qual conversamos com os outros contribui de modo decisivo para o nosso estado físico e emocional.
O ‘tempo livre’ do confinamento, mesmo sem nos apercebermos, pode ter causado comportamentos pouco saudáveis, «maus novos hábitos», como o desleixo com a higiene e a roupa, os horários e os cuidados na alimentação, os pensamentos e as conversas.
Entre nós, a paragem radical em todas as atividades litúrgicas e pastorais, pode ser favorável à tomada de decisões, ainda que seja útil a prudência quanto à forma de as implementar. Bom princípio é ser sistemático, sem ser drástico.
Ao longo do mês de abril, nas homilias diárias partilhadas a partir da capela do Paço Arquiepiscopal, Dom Jorge Ortiga salientou a importância do caminho de renovação eclesial, abrir janelas de oportunidade à ‘Igreja do futuro’.
Deus conta connosco para despontar novos modos de viver a fé. Compete-nos o discernimento, essa abertura ao dom do Espírito Santo, que inspira as decisões, segundo os desígnios de Deus.
«E muita coisa nova poderá surgir [...]. Deixar-se conduzir e tornar-se maleável será ou poderá ser uma descoberta de uma nova imagem da Igreja. [...] Acreditemos nos caminhos novos. Uma nova imagem de Igreja pode nascer» (22 de abril).