Vigésimo Quarto Domingo, Ano A
12 de Setembro de 2020Viver de maneira digna do Evangelho
17 de Setembro de 2020A fidelidade é um dom divino que acompanha todos os homens e mulheres que decidem viver a alegria da perseverança. Em qualquer estado de vida, não são fardo pesado, coisa fora da moda ou teimosias do passado. A fidelidade e a perseverança vivem-se na atualidade com alegria e conjugam-se com criatividade. Este é o nosso, o de todos os cristãos, caminho de santidade.
PERSEVERANÇA
Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica publicou, a dois de fevereiro (de dois mil e vinte), um documento intitulado «O dom da fidelidade e a alegria da perseverança».
As reflexões centrais, à parte as que são específicas para a dinâmica dos referidos institutos e sociedades, servem para todos os cristãos e até para todas as pessoas de boa vontade.
A fidelidade é, antes de mais, uma característica divina, como constata a História da Salvação explicitada nos textos bíblicos: Aliança entre Deus e o povo, vínculo esse que é constantemente rompida por homens e mulheres de ‘coração duro’, e constantemente mantida por um Deus que não se arrepende das suas promessas, que continua a amar, apesar das infidelidades do povo.
Jesus Cristo surge como a melhor manifestação visível da fidelidade divina, é a ‘testemunha fiel’ de Deus e da Humanidade. Deste modo se compreende que um dos primeiros títulos atribuídos aos cristãos seja o de ‘fiéis’, ainda hoje em uso corrente no vocabulário eclesial.
A perseverança acompanha o fiel, é qualidade indispensável à fidelidade: o fiel é perseverante. Diz-se que a fidelidade dos amigos se prova na perseverança, os verdadeiros amigos são os que estão ao nosso lado nos momentos difíceis, na saúde e na doença, nas tristezas e nas alegrias. A perseverança é uma prova de amor.
Em sintonia com o documento, podemos concluir que a fidelidade é um dom divino que acompanha todos os homens e mulheres que decidem viver a alegria da perseverança.
A atual cultura do provisório promove o ‘usar e deitar fora’, a facilidade com que dispensamos as coisas reflete-se no modo como vivemos as relações: evitamos os vínculos, invocamos o cansaço, preferimos o desfrute do momento a prazo, sem abraçar a beleza do futuro, o que provoca um forte impacto negativo na própria identidade que contagia também as relações interpessoais.
A fidelidade e a perseverança, em qualquer estado de vida, não são fardo pesado, coisa fora da moda ou teimosias do passado. A fidelidade e a perseverança vivem-se na atualidade com alegria e conjugam-se com criatividade. Este é o nosso, o de todos os cristãos, caminho de santidade.