Avaliação sobre a missão
11 de Agosto de 2020Socorre-me, Senhor
13 de Agosto de 2020ASSUNÇÃO DE MARIA
Ao celebrar a solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria, a Liturgia da Palavra recorda-nos que Jesus Cristo é o ‘primeiro’: «ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram». E tudo se esclarece a partir do seu mistério pascal.
Maria, com efeito, participa em pleno desta dinâmica inaugurada pelo Filho: senta-se à sua «direita», cheia de «entusiasmo e alegria». Por isso, a Igreja apresenta-a como a «mulher revestida de sol», sem ignorar as «dores e ânsias da maternidade», no meio dos perigos deste mundo.
O mal e a morte, porém, não têm a última palavra. Como Maria, também nós estamos destinados à bem-aventurança que brota da confiança nos desígnios de Deus: «Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor».
A imortalidade da alma não é uma propriedade dos cristãos. O que distingue a nossa fé é a primazia de Jesus Cristo e a meta a que somos chamados: ser transformados na ressurreição.
A morte, portanto, não é interrupção da vida; morrer não é o contrário de viver. Também não é uma doença, para a qual queremos encontrar a cura.
Com Jesus Cristo, morrer não é o limite do ser humano; é parte integrante da vida. É verdade que provoca angústia, como as «dores e ânsias da maternidade». O cristão acolhe esse paradoxo: a morte é um (novo) nascimento, tal como o designavam os primeiros cristãos. O que é que nos impede, hoje, de ter essa mesma perspetiva? Será porque deixamos de confiar em Deus?