Cuidar da casa comum
13 de Julho de 2019A Arquidiocese de Braga vai receber, a dez de novembro, a cerimónia que inscreve Dom Frei Bartolomeu dos Mártires na lista dos Santos. Esta boa notícia surge depois do Papa Francisco ter anunciado a canonização deste arcebispo de Braga. A notícia entra em sintonia com a Renovação Inadiável, projeto que pretende alcançar a vida pessoal e comunitária, em contexto paroquial. Propomo-lo como santo patrono.
SANTIDADE
A santidade não é um objetivo para depois da morte, essa eternidade sem tempo, na qual mergulhamos no ser de Deus, o Santo. A santidade é uma meta terrena que não nos resigna a «uma vida medíocre» (Exortação Apostólica do Papa Francisco sobre o chamamento à santidade no mundo atual, Alegrai-vos e Exultai [GE], 1).
A Arquidiocese de Braga vai receber, a dez de novembro, a cerimónia que inscreve Dom Frei Bartolomeu dos Mártires na lista dos Santos. Esta boa notícia surge depois do Papa Francisco ter anunciado a canonização deste arcebispo de Braga. No século dezasseis, Bartolomeu dos Mártires viveu o amor a Deus em dupla ação: amor à Igreja e amor aos pobres.
A notícia entra em sintonia com a Renovação Inadiável, projeto que pretende alcançar a vida pessoal e comunitária, em contexto paroquial. Propomo-lo como santo patrono. Bartolomeu dos Mártires, como refere a nota pastoral de Dom Jorge Ortiga, «viveu um período idêntico e soube, como poucos, ler e ouvir os sinais dos tempos, empenhando-se na procura de respostas adequadas».
A primeira renovação é perceber a santidade como uma missão. A santidade começa como um presente divino, vocação, para se tornar no presente uma tarefa humana, missão. A vocação é esse dom primeiro, o chamamento inicial feito a cada ser humano, sem excluir ninguém. A missão é a tarefa assumida por cada um no concreto da existência. Entre nós, não se pode «imaginar a própria missão na terra, sem a conceber como um caminho de santidade» (GE 19).
Eis, entre outras, esta pérola: «Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra. És uma consagrada ou um consagrado? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação. Estás casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos. És progenitor, avó ou avô? Sê santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus. Estás investido em autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses pessoais» (GE 14).