Avaliação sobre a missão

O reconhecimento humilde das fragilidades «ajuda a centrar no essencial» e a «desprender daquilo que não interessa». O método do exame de consciência aplicado à vida comunitária contribui para perceber que podemos estar dominados por uma força paralisadora que induz «a não mudar, a deixar as coisas como estão, a optar pelo imobilismo e a rigidez e, assim, impedimos que atue o sopro do Espírito Santo».

EXAME DE CONSCIÊNCIA

A época estival, na dinâmica pastoral das comunidades e das dioceses, coincide com o termo do ano pastoral, ocasião propícia para perspetivar o futuro, sem deixar de fazer um sério exame de consciência.

«A magnanimidade mostra-se nas coisas simples e diárias», escreve o Papa Francisco na Exortação Apostólica sobre a chamada à santidade no mundo atual (Alegrai-vos e Exultai, 169). Esta afirmação insere-se na reflexão sobre a importância do discernimento, na qual o Papa lembra a necessidade de «não colocar limites rumo ao máximo, ao melhor e ao mais belo». Eis um lema para quem se dispõe à Renovação Inadiável!

A comunidade que se envolve no processo de Renovação Inadiável precisa de «ser humilde, reconhecer as suas fragilidades e estar sempre pronta a recomeçar». O reconhecimento humilde das fragilidades «ajuda a centrar no essencial» e a «desprender daquilo que não interessa» (cf. D. Jorge Ortiga, Homilia de Páscoa, 1 de abril de 2018).

Dois tópicos essenciais no processo de avaliação sobre a missão: centrar-se no essencial; desprender-se daquilo que não interessa para a missão. A partir deles estabelece-se um programa que vise refletir sobre as atuais opções pastorais, sobre as que precisam de ser postas de lado e as que têm de ser assumidas com urgência e eficácia.

O Papa acrescenta: «ao mesmo tempo concentrar-se no pequeno, nos compromissos de hoje». A esse propósito, pede «a todos os cristãos que não deixem de fazer cada dia, em diálogo com o Senhor que nos ama, um sincero exame de consciência». É, pois, uma proposta eficaz para ir mais longe, rumo ao «máximo, ao melhor e ao mais belo» (Papa Francisco), para ser capaz de se desprender daquilo que não interessa e se centrar no essencial.

A avaliação sobre a missão acontece quando está associada a um sincero exame de consciência sobre todas as coisas simples e diárias que se desenvolvem na paróquia, ao longo do ano.

O método do exame de consciência aplicado à vida comunitária contribui para perceber que podemos estar dominados por uma força paralisadora que induz «a não mudar, a deixar as coisas como estão, a optar pelo imobilismo e a rigidez e, assim, impedimos que atue o sopro do Espírito Santo» (Alegrai-vos e Exultai, 168).