Aonde queremos chegar?

Os processos de renovação bem sucedidos foram capazes de desenvolver uma «imagem do futuro» apelativa e fácil de comunicar. Por isso, uma comunidade que se decide a implementar a transformação espiritual e pastoral (Renovação Inadiável) precisa de definir a ‘sua’ visão pastoral. Sem ela, o fracasso está assegurado!

META

Quando chamamos um táxi ou usamos um dispositivo digital de auxílio à navegação (GPS), temos de dizer ou escrever a localização específica para sermos levados a tal destino. Se tenho os dados corretos, é bem mais elevada a probabilidade de ser conduzido até à meta.

O problema é que muitas vezes não sabemos para onde queremos ir... Estamos muito próximos do que Lewis Carroll descreve em As Aventuras de Alice no País das Maravilhas, na conversa entre a Alice e o Gato: «Podias fazer o favor de me dizer para onde devo ir a partir de agora? — Isso depende muito de para onde é que queres ir, disse o Gato. — Não me importo muito onde..., respondeu a Alice. — Então também não importa por onde vás, disse o Gato».

Os processos de renovação bem sucedidos foram capazes de desenvolver uma «imagem do futuro» apelativa e fácil de comunicar. Por isso, uma comunidade que se decide a implementar a transformação espiritual e pastoral (Renovação Inadiável) precisa de definir a ‘sua’ visão pastoral. Sem ela, o fracasso está assegurado!

John P. Kotter (Gerir a Mudança) refere que «nas transformações falhadas, frequentemente encontra-se uma abundância de planos, diretivas e programas, mas não se encontra uma visão».

Até se podem escrever resmas de papel com os detalhes, os procedimentos, os objetivos, os métodos, os prazos (cf. A Alegria do Evangelho, 25)... mas quando não há clareza quanto ao propósito, quando não se sabe para onde se quer ir, basta andar que se há de chegar a algum lado.

Saber para onde queremos ir, não impede a possibilidade de mudar de rumo durante a caminhada. Precisamos, contudo, de uma direção que nos faça progredir com sentido. É um dos princípios básicos do sucesso, afirma Stephen Covey: «Não se deve começar nada sem saber como vai acabar».

O livro dos Provérbios (capítulo 29, versículo 18), diz que «quando não há visão profética, o povo corrompe-se». Numa alternativa de tradução, pode-se dizer que, quando não há uma clarificação da visão, o povo anda perdido, temos dificuldade em perceber qual é o rumo a seguir no Caminho de Páscoa.

A visão provoca a sintonia de todas as energias, dá uma direção à vida pessoal e comunitária.