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13 de Fevereiro de 2020«Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei de aliviar-vos» foi a frase bíblica preferida pelo Papa Francisco para assinalar esta que é a vigésima oitava jornada mundial dedicada ao doente. As palavras dirigidas aos profissionais de saúde também se aplicam a todos nós: «Quando não puderdes curar, podereis sempre cuidar com gestos e procedimentos que proporcionem amparo e alívio ao doente».
DOENTE
O dia onze de fevereiro, memória litúrgica de Nossa Senhora de Lurdes, cujo santuário é «símbolo de esperança e de graça, no sentido da aceitação e oferta do sofrimento salvífico», foi escolhido para celebrar o Dia Mundial do Doente.
A 13 de maio de 1992, João Paulo II decretou, para o ano seguinte, «um momento forte de oração, de participação e oferta do sofrimento para o bem da Igreja, assim como o convite dirigido a todos para que reconheçam no rosto do irmão doente a Santa Face de Cristo que, sofrendo, morrendo e ressuscitando, realizou a salvação da humanidade».
Entre os objetivos, assinalou a sensibilização para a necessidade de assegurar a melhor assistência possível aos doentes, ajudar a valorizar o sofrimento (na dimensão humana e, sobretudo, na sobrenatural), fomentar o compromisso de todos (profissionais e voluntários), promover a importância da assistência (religiosa) aos enfermos.
«Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei de aliviar-vos» foi a frase bíblica (evangelho segundo Mateus, capítulo 11, versículo 28) preferida pelo Papa Francisco para assinalar esta que é a vigésima oitava jornada mundial dedicada ao doente.
Sobressaem três tópicos: vinde, cansados e oprimidos, aliviar-vos. «A quem vive na angústia devido à sua situação de fragilidade, sofrimento e fraqueza, Jesus Cristo não impõe leis, mas, na sua misericórdia, oferece-Se a Si mesmo, isto é, a sua pessoa que dá alívio».
Em época caracterizada como ‘sociedade do cansaço’ (Byung-Chul Han) é ainda mais oportuno o alívio ofertado, não só pelo próprio Jesus Cristo, como também através dos seus discípulos missionários.
As palavras dirigidas aos profissionais de saúde também se aplicam aos pastores, aos voluntários, aos familiares, a todos nós que, no dia a dia, nos deparamos com a fragilidade humana: «Quando não puderdes curar, podereis sempre cuidar com gestos e procedimentos que proporcionem amparo e alívio ao doente».
Francisco lembra a «carência de humanidade», pelo que é urgente a sabedoria capaz de unir o amparo (da pessoa) ao alívio (do sofrimento), a solicitude (da ternura) ao tratamento (das dores).