Vivei sempre alegres
10 de Dezembro de 2020José, com coração de pai
12 de Dezembro de 2020TERCEIRO DOMINGO DE ADVENTO, ANO B
«Vivei sempre alegres» — é este imperativo que faz do Terceiro Domingo de Advento (Ano B) o ‘domingo da alegria’. Não é a alegria um sinal da esperança? Não é a alegria um sinal da presença de Deus? A esperança que preside ao tempo de Advento une-se à alegria da missão.
‘ Vivei sempre alegres’
A palavra de Deus convida-nos a adentrar-nos na alegria da missão: é o entusiasmo de escutar o apelo divino para ser enviado a irradiar alegria, como discípulo missionário.
«Vivei sempre alegres»! Como é belo ser cristão! A alegria é o melhor sinal da presença de Deus, o sinal de que Deus está connosco. É um dom que se manifesta quando nos abrimos à presença do Senhor, permitimos que atue em nós o Espírito Santo. Começa como uma experiência interior que nos torna capazes de resistir no meio das dificuldades. Como podemos renovar hoje esta alegria?
O dom não surge ao acaso, de modo espontâneo; precisa de ser pedido, necessita de disponibilidade para o receber. «Orai sem cessar» e «não apagueis o Espírito», diz-nos a Primeira Carta aos Tessalonicenses. Pela oração, descobrimos a presença de um Messias consolador, que vem aos nossos corações e atua nas nossas vidas.
O Advento impele-nos a aprofundar a alegria do encontro com o Senhor Jesus Cristo, também nas circunstâncias do quotidiano. Que cada um de nós, em família e em comunidade, nos interroguemos se preferimos a vinda do Senhor ou se temos como prioritários outros desejos.
Talvez precisemos de rezar com mais convicção: «Vem, Senhor Jesus»! O Papa Francisco propõe que o façamos com frequência, ao acordar, ao iniciar o trabalho, antes das reuniões, aquando da tomada de decisões, em todos os momentos, em especial nas provações: «Vem, Senhor Jesus!».
Hoje, neste Advento, ‘Em busca da vida’, na descoberta do nosso propósito neste mundo, exploremos o exemplo de João Batista: sabe quem é e quem não é, tem clareza sobre a sua identidade e missão. Como é que responderias se te perguntassem sobre a tua identidade e missão?
O evangelista esclarece que João Batista «veio para dar testemunho da luz». O mundo mergulhado na pandemia do Covid-19 precisa do nosso belo testemunho, da luz que irradia de um rosto alegre. A alegria é o termómetro de uma vida plena de sentido. Sintamo-nos desafiados a ser testemunhas luminosas da alegria.
A alegria de viver
A alegria cristã, como a esperança, não é uma atitude egoísta, que se fecha em si mesma e se satisfaz num sentimento de prazer; é sim o entusiasmo daqueles e daquelas que se sentem chamados a colaborar no projeto de transformação do mundo.
O Advento é um apelo a despertar da rotina, a renunciar à mediocridade, a abandonar a tristeza, a descartar o desalento e a desesperança.
O prazer precisa de determinadas condições, está dependente de circunstâncias externas. A alegria brota da consciência de se saber amado por Deus. É uma força interior que nos dá o gosto de viver e nos torna testemunhas luminosas da presença divina. A tua vida e a tua missão nunca serão credíveis sem esta alegria.