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17 de Dezembro de 2020A coincidência deste fenómeno, tão magnífico como incomum, em ano tão atípico seja uma oportunidade renovada para acolhermos o sinal teológico e espiritual da Estrela de Belém. Com o coração aberto ao assombro, contra todas as tentativas dos que pretendem empobrecer o sentido da vida, de olhos bem levantados, perceberemos a Estrela que nos guia desde o início e nos quer conduzir à meta.
ESTRELA DE BELÉM
Este ano, decorridos quase 800 anos, entre os dias 16 e 25 deste mês, volta a ser possível avistar (a olho nu) a «Estrela de Belém».
Este fenómeno, formado por um especial ponto de luz no céu, ocorre devido à proximidade entre Júpiter e Saturno, a «grande conjunção».
O dia mais ‘brilhante’ será a 21 de dezembro, a data que assinala o solstício de inverno, no hemisfério norte, porque os dois planetas estarão apenas separados por 0,1 graus (no campo visual), embora estejam a uma distância real de cerca de 724 milhões de quilómetros.
Alguns cientistas apontam o ano de 2080 como provável para que se possa voltar a observar nova grande conjunção de Júpiter e Saturno.
Johannes Kepler, astrónomo alemão, sugeriu, em 1614, que uma «grande conjunção» tenha estado na origem da estrela que guiou os Magos até ao local onde se encontrava o Menino recém-nascido (de acordo com a narração do evangelho segundo Mateus, capítulo 2, versículos 1 a 12). Ficou, por isso, conhecida como Estrela de Belém (Estrela do Natal, Estrela da Natividade).
Bento XVI, na Infância de Jesus, um dos três volumes dedicados a Jesus de Nazaré, feitas as necessárias investigações, toma como confirmado o fenómeno astronómico da grande conjunção de Júpiter e Saturno no signo zodiacal de Peixes, aquando do nascimento do Menino, em Belém.
A coincidência deste fenómeno, tão magnífico como incomum, em ano tão atípico seja uma oportunidade renovada para acolhermos o sinal teológico e espiritual da Estrela de Belém.
Sugestiva interpelação surge de São João Crisóstomo ao proclamar que os Magos não se puseram a caminho por terem visto a Estrela, antes foram capazes de ver a Estrela porque já se tinham posto a caminho.
Com o coração aberto ao assombro, contra todas as tentativas dos que pretendem empobrecer o sentido da vida, de olhos bem levantados, perceberemos a Estrela que nos guia desde o início e nos quer conduzir à meta. Descobri-la faz-te encontrar o propósito de vida. Não a vês?