Décimo Sexto Domingo, Ano A
18 de Julho de 2020Coração sábio e esclarecido
23 de Julho de 2020São os acontecimentos que mais nos aproximam do Espírito Santo. Precisamos de aprender a invocá-lo constantemente. Não apenas sobre nós ou sobre uma atividade, mas simplesmente invocar a sua presença. O Espírito Santo resulta da Páscoa, como o verão da primavera, como o fruto da flor. Ele é a alma da nossa alma, a linfa vital que corre nas veias de cada cristão.
ESPÍRITO SANTO
A oração pessoal e comunitária própria de uma vida espiritual saudável precisa da força criativa do Espírito Santo.
Odile Haumonté (O Espírito Santo na tua vida) testemunha que durante muito tempo, pensou que não tinha necessidade do Espírito Santo. A sua oração era apoiada na relação com o (Deus) Pai, Jesus Cristo, Nossa Senhora, São José, o anjo da guarda... Que necessidade tinha do Espírito Santo?
As mudanças que ocorreram aos quarenta anos de vida proporcionaram uma descoberta: «O Espírito Santo desinstala-nos, o Espírito Santo mexe connosco, mas também é aquele que nos reconstrói. [...] Viver com o Espírito Santo todos os dias é aprender a ter confiança, é escolher a alegria, é fazer-se ao largo».
A vida cristã exprime-se num estado permanente de ‘Pentecostes’: abertura à força criativa do Espírito. Este desejo se torne, hoje, visível na nossa vida, cristãos do século XXI.
O Espírito Santo, com a sua força criativa, recria e renova cada ser humano e todas as criaturas, até à plenitude final. Reconhecer a sua presença ajuda a perceber que a ação divina continua a acompanhar a história. São os acontecimentos que mais nos aproximam do Espírito Santo.
Precisamos de aprender a invocá-lo constantemente. Não apenas sobre nós ou sobre uma atividade, mas simplesmente invocar a sua presença.
Simone Weil escreveu que pensar no Espírito Santo seja, para nós, como um grito, «como quando não se aguenta mais a sede, quando a sede nos devora como uma doença e nós deixamos de nomear o ato de beber. Gritamos apenas por água, água tomada em si mesma, mas esta imagem da água é como um grito de todo o ser».
Sábias são, portanto, as palavras de Serafim de Sarov: «O verdadeiro fim da vida cristã é conseguir o Espírito Santo».
O Espírito Santo resulta da Páscoa, como o verão da primavera, como o fruto da flor. Ele é a alma da nossa alma, a linfa vital que corre nas veias de cada cristão.
«É o Amor de Deus que faz do nosso coração a sua morada e entra em comunhão com cada um de nós» (Francisco, Audiência Geral de 9 de abril de 2014). O cristão vive do Espírito Santo!