Rede de paróquias criativas
26 de Outubro de 2019A imortalidade do amor
2 de Novembro de 2019Uma dádiva em qualquer fase da vida, a serenidade é uma arte que sabe incorporar a criatividade dos mais jovens com a ponderação dos mais velhos. Aplicada nas nossas paróquias, esta salutar convivência pode tornar-se um contributo eficaz para a Renovação Inadiável.
ENVELHECER
Aprender a viver exige uma vida inteira, dizia Séneca, filósofo romano do primeiro século da era cristã. A nossa existência terrena é uma contínua aprendizagem do primeiro ao último momento, do nascer ao envelhecer.
Em Dia Mundial da Terceira Idade, o Diário do Minho (de 28 de outubro de 2019) revelou alguns dados do estudo realizado pelo Instituto Nacional de Estatística sobre a «esperança de vida à nascença: realidades regionais 2016-2018».
A área geográfica da Comunidade Intermunicipal do Cávado (constituída pelos concelhos de Braga, Amares, Barcelos, Esposende, Terras de Bouro e Vila Verde) surge em destaque com uma esperança de vida à nascença muito perto dos 82 anos, a mais elevada de Portugal. Aos 65 anos de idade, a população desta área possui uma esperança de vida próximo de 20 anos, o que significa viver até perto dos 85 anos de idade.
Sílvio Couto lembra que, atualmente, «em Portugal, por cada 100 jovens há 153 velhos. Se atendermos a dados anteriores poderemos ver que em 1960 havia 27 velhos por cada cem jovens… o que nos dá a noção bem clara do envelhecimento progressivo da nosso país, prevendo-se ainda que, em 2050, quase metade da população portuguesa tenham mais de cinquenta e cinco anos».
Nessa reflexão sobre «aprendizagens (normais ou bizarras) para idosos», concluiu: «Aprender a ser velho/a e a lidar com eles, precisa-se!».
As nossas comunidades (paroquiais) não escapam às estatísticas, como é comprovado nas assembleias dominicais. Esta realidade não nos conduz às lamentações (Proibido lamentar-se!), antes nos desafia a percorrer um caminho com a presença dos mais velhos.
A serenidade, o primeiro passo proposto pelo filósofo Wilhelm Schmid, permite «apreciar a beleza e o verdadeiro dom da vida», consiste em conhecer as particularidades da terceira idade, em especial estar abertos aos seus desafios, «para não cairmos na tentação de rumar ao sabor do vento».
Uma dádiva em qualquer fase da vida, a serenidade é uma arte que sabe incorporar a criatividade dos mais jovens com a ponderação dos mais velhos. Aplicada nas nossas paróquias, esta salutar convivência pode tornar-se um contributo eficaz para a Renovação Inadiável.